terça-feira, 4 de novembro de 2008

PRINCÍPIOS EDUCATIVOS EM CRECHE (Gabriela Portugal)

A creche, numa fusão constante de cuidados e educação, pode promover experiências na vida da criança, desenvolvendo e facilitando a sua aprendizagem através das interacções com o mundo físico e social.

Na creche o principal não são as actividades planeadas, ainda que adequadas, mas sim as rotinas e os tempos de actividades livres. As crianças muito pequenas não se desenvolvem bem em ambientes “escolarizados”, onde realizam actividades em grupo dirigidas por um adulto, mas em contextos calorosos e atentos às suas necessidades individuais.

Os bebés e as crianças muito pequenas precisam de atenção às suas necessidades físicas e psicológicas; uma relação com alguém em quem confiem; um ambiente seguro, saudável e adequado ao desenvolvimento; oportunidades para interagirem com outras crianças; liberdade para explorarem utilizando todos os seus sentidos.

Princípio 1 – envolver as crianças nas coisas que lhes dizem respeito
A criança e o adulto devem estar totalmente presentes e envolvidos numa mesma tarefa – o principal objectivo da educadora é de manter a criança envolvida na interacção (por exemplo: muda de fraldas, vestir, despir, … são tempos educativos).

Princípio 2 – Investir em tempos de qualidade procurando-se estar completamente disponível para as crianças
O tempo de qualidade constrói-se numa rotina diária. A educadora deve estar totalmente presente, atenta ao que se passa, valorizando o tempo que está junto da criança.

Princípio 3 – aprender a não subestimar as formas de comunicação únicas de cada criança e ensinar-lhe as suas
Durante a interacção a educadora deve articular actos com palavras.

Princípio 4 – Investir tempo e energia para construir uma pessoa “total”
Deve-se trabalhar simultaneamente o desenvolvimento físico, emocional, social e cognitivo.
São o dia-a-dia, as relações, as experiências, as mudas de fraldas, as refeições, o treino do controlo dos esfíncteres, o jogo, … que contribuem para o desenvolvimento intelectual. Estas mesmas experiências ajudam a criança a crescer física, social e emocionalmente.

Princípio 5 – Respeitar as crianças enquanto pessoas de valor e ajudá-las a reconhecer e a lidar com os seus sentimentos
A educadora deve respeitar a criança, respeitando os sentimentos da criança e o direito de ela os expressar. A educadora deve dar apoio sem exagerar e estar disponível.

Princípio 6 - Ser verdadeiro nos nossos sentimentos relativamente às crianças
A educadora deve verbalizar os seus sentimentos e ligá-los claramente com a situação e impedir a criança de continuar a fazer o que provocou esses sentimentos.
Não se deve culpabilizar a criança como causa do nosso mal-estar – a criança não é “má”, certos comportamentos é que são inaceitáveis.

Princípio 7 – Modelar os comportamentos que se pretende ensinar
A educadora deve funcionar como modelo de comportamentos aceitáveis tanto para crianças como para adultos dando exemplos de cooperação, respeito, autenticidade e comunicação.
Quando a situação envolve agressividade, a educadora deve modelar com gentileza o comportamento que pretende ensinar:
 O agressor necessita de ser controlado com gentileza – não se deve julgar
 A vítima necessita de ser tratada com empatia (compreender a sua perturbação) – simpatia e grande quantidade de atenção podem recompensar as vítimas (aprendem que ao serem vítimas recebem amor e atenção do adulto)

Princípio 8 – Reconhecer os problemas como oportunidades de aprendizagem e deixar as crianças tentarem resolver as suas próprias dificuldades
A educadora deve deixar os bebés e as crianças lidar com os seus problemas na medida das suas possibilidades – deve dar tempo e liberdade para resolver problemas.

Principio 9 – Construir segurança ensinando a confiança
Para que a criança aprenda a confiar, necessita de poder contar com adultos confiáveis. Necessita de saber que as suas necessidades serão satisfeitas dentro de um período de tempo razoável.

Princípio 10 – Procurar promover a qualidade do desenvolvimento em cada fase etária, mas não apressar a criança para atingir determinados níveis desenvolvimentais
O desenvolvimento não pode ser apressado. Cada criança tem um relógio interno que determina o momento de gatinhar, sentar, andar, falar. É mais importante aperfeiçoar competências do que desenvolver novas competências. As novas competências surgirão naturalmente quando a criança já praticou suficientemente as antigas.

1 comentário:

Unknown disse...

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